terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eu amo-te

fotografia tirada no dia 18 de Agosto 2010

Quando dou por mim , voltas a entrar sem permissão no meu pensamento levando-me á ruína literalmente. O teu modo cruel de olhar as coisas…de as sentir, deixam-me sem forças . Tudo se apaga num ápice . O meu punho de sangue ordena imediatamente que as palavras se dispersem no mesmo ar que respiras . Ambos planeiam a fuga e ambos se perdem. Há sempre algo que falta , há sempre qualquer coisa que nos falta . A minha pele ainda sente o teu beijo , a minha perna as tuas cócegas , o meu olhar o teu sorriso, mas quando esfrego os olhos ensonados, quando lavo a cara todas as noites com água fria , vejo que são meras recordações, coisas tiradas de um baú antigo, um passado recente ou talvez utopia . Volto a por a mochila ás costas e volto a tentar conquistar suavemente algo que me preenchia. A poeira demora a sentar, a saudade começa a apertar . Os nossos olhos já não se cruzam , estão desalinhados com o universo e os dias acabam num instante. Esta história é embalada pelos sussurros do vento , eu posso acabar com isto já , ou posso piorar , nada me permite voltar no tempo. Um sonho descontrolado de te querer abraçar com amor todas as manhãs , um arrepio forte de sentir que te amo como nunca amei ninguém. Não luto mais contra isto. Eu amo-te e o que tiver de acontecer mais nesta história acontece. Não é por causa disso que deixará ser Outono , não é por causa disto que deixará de chover. Apenas quero deixar isto morrer.

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